Inclusão digital é o nome dado
ao processo de democratização do acesso às tecnologias da informação, de forma
a permitir a inserção de todos na sociedade da informação. Inclusão digital é
também simplificar a sua rotina diária, maximizar o tempo e as suas
potencialidades. Um incluído digitalmente não é aquele que apenas utiliza essa
nova linguagem, que é o mundo digital, para trocar e-mails, mas aquele que
usufrui desse suporte para melhorar as suas condições de vida a fim de buscar
novas oportunidades de emprego, meios de comunicação, formas de obter
aprendizado entre outras. Assim, trazer mais benefícios para a vida pessoal e
profissional do cidadão.
A inclusão digital, para acontecer,
precisa de três instrumentos básicos, que são: dispositivo para conexão, acesso
à rede e o domínio dessas ferramentas, pois não basta apenas o cidadão possuir
um simples computador conectado à internet para que ele seja considerado um
incluído digital. Ele precisa saber o que fazer com essas ferramentas.
Entre as estratégias inclusivas estão
projetos e ações (ofertados pelo SENAI e pelo SENAC), que facilitam o acesso de
pessoas de baixa renda às Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC). A
inclusão digital volta-se também para o desenvolvimento de tecnologias que
ampliem a acessibilidade para usuários com deficiência.
Dessa forma, toda a sociedade pode
ter acesso a informações disponíveis na internet, e assim produzir e
disseminar conhecimento. A inclusão digital insere-se no movimento maior
de inclusão, um dos grandes objetivos compartilhados por diversos governos ao
redor do mundo nas últimas décadas.
Dois novos conceitos são incorporados
as políticas de inclusão digital: a acessibilidade de todos às TIs (e-Accessibility),
neste caso, não somente a população deficiente; e a competência de uso das
tecnologias na sociedade da informação (e-Competences).
INCLUSÃO DIGITAL NAS ESCOLAS
Analisando o crescimento da
informatização dos serviços oferecidos à sociedade atual, cada vez mais se
busca a necessidade da inclusão digital dos cidadãos nesse modo de vida. Ao
acontecer o uso destes recursos tecnológicos, eles devem ser apropriados de meios
onde a tecnologia da informação e comunicação (TIC) se direcione para fazer
valer a inclusão dos indivíduos neste ciberespaço.
Deste modo, a escola se apresenta
como ambiente capaz de fazer imergir tais tecnologias a serviço de uma
metodologia de ensino a favor da interação dos alunos nesta sociedade da
informação anulando, assim, as diferenças sociais não pertinentes a este
processo.
Ao se utilizar diferentes mídias, que
colaboram para a apropriação de um ambiente de comunicação, o computador e seus
inúmeros recursos destacam-se como ferramenta de acesso apoiado por diferentes
programas sociais do governo federal. Baseado nestes preceitos, o presente
trabalho tem como objetivo apresentar o tema de inclusão digital no ambiente
escolar como uma ação educacional que envolve o professor, ao capacitar-se para
apropriação e ideal uso de recursos tecnológicos, e o aluno como sujeito no
espaço de interação e comunicação de novas formas de colaboração,
interatividade, conhecimento e cidadania.
A informática é a maior descoberta do
século X X. A sua expansão é universal e a sua utilidade é indescritível e quem
a desconhece está fora do mercado de trabalho.
INCLUSÃO DIGITAL NO BRASIL
Dentro dessa perspectiva o
Brasil vem buscando desenvolver
ações diversas, visando a inclusão digital como parte da visão de sociedade
inclusiva. Desde que entrou em prática, no final de novembro de 2005, o projeto de inclusão digital do
governo federal, Computador para Todos - Projeto Cidadão Conectado registrou
mais de 19 mil máquinas financiadas até meados de janeiro.
Pouco menos de 2% da meta do programa, se
levarmos em conta apenas os dados de financiamento,
que é vender um milhão de máquinas para consumidores com renda entre três e
sete salário mínimo nos próximos
12 meses. Os dados de financiamento são da Caixa
Econômica Federal, que financiou 1.181 equipamentos. O Magazine Luiza, único varejista que
obteve uma linha de crédito do BNDS, parcelou 18.186 computadores.
O PC dispõe do sistema operacional Linux e um
conjunto de softwares livres com
26 aplicativos, como editor de texto, aplicações gráficas e
antivírus. Além disso, há suporte técnico durante um ano e as atualizações são
gratuitas e periódicas.
O Brasil conta com um recurso
total de 250 milhões de reais, provenientes do Fundo de Amparo ao Trabalhador
(FAT). O financiamento do Computador para
Todos pode ser feito pelo Banco do Brasil e
pela
Caixa Econômica Federal, além de redes varejistas, que têm se
cadastrado junto a uma linha especial de crédito do Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Com os esforços de
"inclusão digital" outros públicos também compõem o alvo de seu
trabalho: idosos, pessoas com
deficiência, população de zonas de difícil acesso, dentre outros. A ideia é que
as Tecnologias da Informação vieram para ficar e, no futuro, quem não estiver
"incluído digitalmente" viverá sob uma limitação social importante,
perdendo inclusive direitos garantidos à cidadania,
aliado a isto existe a necessidade do acesso pleno à educação.
Atualmente segundo dados fornecidos pelo
Secretário de Logística e TI do Ministério da Fazenda, Rogério Santana, existem
6.000 telecentros em funcionamento no Brasil. Entretanto, estas unidades,
criadas em 2005 pelo poder público para fomentar o acesso à Internet, caminham
na contramão dos pontos de acesso à Rede Mundial que não param de crescer. Em
2007, os telecentros foram responsáveis por 6% dos acessos no país, o que
revelou um crescimento de 100% em relação a 2006. Mas em 2008 este número caiu
pela metade e ficou em 3%, segundo dados do TIC Domicílios 2008.
Em julho de 2003, quando foram
estabelecidas parcerias entre órgãos do Governo Federal — Ministério das Comunicações,
do Planejamento, da Educação, da Defesa e Instituto de Tecnologia da
Informação, teve início o Programa GESAC — Governo Eletrônico-Serviço de
Atendimento ao Cidadão.
No Brasil, existem atualmente 3.200
pontos de presença instalados em mais de 2.500 municípios, permitindo que cerca
de 28 mil computadores estejam em rede e conectados à Internet. O Programa tem
o objetivo de promover a inclusão digital como alavanca para o desenvolvimento
auto-sustentável e promoção da cidadania, principalmente de pessoas que não
teriam condições de acesso aos serviços de informação. Esse Programa permite o
acesso a Internet em alta velocidade (via satélite) funcionando em escolas,
unidades militares e telecentros.
Programas Nacionais de Inclusão Digital
Mantido e criado pela Prefeitura de
São Paulo, o Telecentros (também conhecido como Programa Telecentros) é
um dos maiores programas de Inclusão Digital e Social, que contava em março de
2007 com 158 unidades (com 20 computadores e 1 impressora em cada unidade). Atua
em todas as regiões da capital de São Paulo, oferecendo Cursos básicos e
avançados de Informática e outros Cursos e oficinas de acordo com a necessidade
local de cada unidade. Também oferece livre acesso à Internet. O Programa Telecentros tem sido
elogiado frequentemente pela Comunidade Internacional de Software Livre e os cidadãos de São Paulo.
Outro importante programa de Inclusão
Digital é o Programa Acessa São Paulo, premiado internacionalmente, tendo
aproximadamente quatrocentos postos de atendimento no Estado de São Paulo.
No Rio Grande do Sul tem-se a iniciativa inclusiva
do Programa Sinergia Digital, criado e mantido
pela PUCRS. Atende crianças, adolescentes e adultos, incluindo a chamada
terceira idade, buscando uma formação integral do aluno. Os adolescentes de vilas
carentes em torno da PUC recebem cerca de 70 horas de aula de informática e
mais 30 horas de atividades esportivas, culturais e sociais. As turmas tem
acompanhamento sócio-educativo (por acadêmicos de Psicologia), palestras e
dinâmicas de grupo. As aulas são realizadas no mesmo laboratório de informática
que atende alunos de graduação e pós-graduação da Faculdade de Administração,
Contabilidade e Economia da PUCRS. Os alunos recebem ajuda de custo para o transporte até a PUCRS.
No Esírito Santo existem 69
pontos instalados pelo Programa, dos quais 9 são escolas pertencentes às
Prefeituras Municipais, conectadas pelo Programa GESAC, e 54 são escolas
atendidas pelo Proinfo - Programa Nacional de Informática na Educação, um programa
educacional criado em 9 de abril de 1997 pelo Ministério da Educação para
promover uso da telemática como ferramenta de enriquecimento pedagógico no
ensino público fundamental e médio. O Proinfo é desenvolvido pela Secretaria de
Educação à Distância - SEED, por meio do Departamento de Informática na
Educação a Distância - DEIED, em parceria com as Secretarias Estaduais e
algumas Secretarias Municipais de Educação.
Além de escolas existem outras
instituições que também receberam a antena para conexão à internet via
satélite, como o CIDAP - Centro Integrado de Desenvolvimento dos Assentados e
Pequenos Agricultores do Espírito Santo.
O Proinfo no Estado está estruturado
a partir de quatro Núcleos de Tecnologia Educacional (NTE), que encontram-se
distribuídos em diferentes regiões do Estado: norte (NTE de São Mateus), noroeste (NTE
de Colatina), sul (NTE de Cachoeiro de Itapemirim) e na região
metropolitana (NTE Metropolitano de Vitória). Esses Núcleos
são responsáveis pela capacitação, acompanhamento e avaliação do Programa nas
escolas situadas nas áreas de abrangência de cada um dos citados núcleos.
O Programa de Democratização do
Acesso às Tecnologias de Informação e Comunicação (NAVEGAPARÁ), lançado no dia
30 de março de 2007, é um programa do
Governo do Estado do Pará. O NAVEGAPARÁ vem
criando uma rede de comunicações para interligar, em todo o Estado do Pará, as unidades de governo como
instituições públicas de ensino e pesquisa, hospitais, postos de saúde, órgãos
de segurança pública e espaços públicos de acesso geral da população. As redes
de banda larga sem fio estão
sendo instaladas a princípio em 15 cidades paraenses, por meio de uma linha
óptica baseada nos padrões COS (Cabo Óptico de Superfície) que está
implementada com 2 mil quilômetros de extensão. Cada uma das 15 cidades possui
uma Estação de rádio base, que opera em
5.7 GHz e atende cerca de 30 clientes que utilizam um transceptor individual de banda larga para acessar a rede. A
infra-estrutura disponibilizada é de grande importância aos governos locais,
pois oferece centros públicos de internet, provendo acesso gratuito aos
computadores, incluindo treinamento aos usuários do projeto para operação das
máquinas no trabalho e no cotidiano.
O NAVEGAPARÁ é executado pela
Secretaria de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia do Estado do Pará (Sedect) e Empresa de
Processamento de Dados do Estado do Pará (Prodepa) e conta com 5
projetos: Metrobel, Infovias, Cidades Digitais, Infocentros e Telecentros de
Negócios.
O Banco do Brasil desenvolve um programa de
inclusão digital, onde são mantidos um sistema LTSP (Tucunaré) e a doação de
computadores e suprimentos para a montagem de telecentros em todo o brasil.
O projeto cidades digitais é um projeto governamental quem visa o
desenvolvimento dos municípios brasileiros através da tecnologia, oferecendo
acesso a internet em locais de acesso publico, como praças parques e
rodoviárias. O objetivo é ampliar o acesso aos serviços públicos de forma livre
e gratuita.
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