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quarta-feira, 30 de novembro de 2016


COLOMBIANOS PRESTAM HOMENAGENS AS VÍTIMAS DO DESASTRE AÉREO COM A
CHAPECOENSE
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(Img. web)



Edição do dia 30/11/2016
30/11/2016 08h10 - Atualizado em 30/11/2016 08h30

As homenagens à Chapecoense se espalharam pelo mundo. Em Bogotá, moradores e torcedores colombianos fizeram uma vigília. Velas foram acesas e cartazes traziam frases de apoio.

Torcedores do Atlético Nacional, time que jogaria contra o Chapecó na final da Sul-Americana, estavam muito emocionados e cantavam dizendo que são irmãos dos chapecoenses. Em Chapecó, também houve uma vigília e depois uma missa na catedral.

Chapecó é uma cidade tomada pela tristeza. Torcedores da Chapecoense lotaram o estádio do clube para homenagear os jogadores mortos.

E em qualquer esquina de Chapecó, lá está um laço de fita que anuncia toda a tristeza de uma cidade. Sair com a camisa da Chapecoense pelas ruas é uma demonstração de que por trás desse verde bate um coração inconformado.
Muitos comerciantes fecharam as portas durante o dia.
Torcedores montaram um memorial com flores e velas. As mensagens no cartaz com o nome dos jogadores dão uma dimensão do quanto a Chapecoense é querida.
A passeata depois de uma missa na catedral lotou as principais ruas da cidade  A multidão em verde e branco seguiu cantando nome por nome de jogador até o estádio, que ficou lotado.



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terça-feira, 29 de novembro de 2016

AGORA SOMOS 44 MIL
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Obrigado mais uma vez pela confiança.
Valeu!!!!!!!!!


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COMEMORAÇÃO DO ANIVERSÁRIO
 DE ARLETE E HANE HARA
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(Foto Cedida)

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JANTAR REUNIU OS MELHORES 
DA UDP NATAL-RN
OS TRÊS MELHORES TRABALHOS DE FINAL DE CURSO COMEMORARAM
 COM UM JANTAR EM UM RESTARANTE DA CIDADE

(Foto Cedida)

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AVIÃO DA CHAPECOENSE 
CAI NA COLÔMBIA
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Quatro jogadores da Chapecoense são resgatados com vida de acidente aéreo 
Alan Ruschel é um dos sobreviventes do acidente  (Img.WEB)
Do UOL, em São Paulo

29/11/201606h15
·
Três jogadores da Chapecoense ficaram feridos e estão entre os seis sobreviventes da queda do avião que levava o time a Medellín: o lateral esquerdo Alan Ruschel, o zagueiro Neto e os goleiros Danilo e Follmann. As informações são de hospitais da região e de familiares dos jogadores, como a irmã de Alan.
O jornalista Rafael Henzel também foi resgatado com vida. A outra sobrevivente é a comissária de bordo Ximena Suarez. O zagueiro Neto foi encontrado vivo depois do amanhecer.
"Temos a informação de que foi encontrado Neto, de 31 anos. Milagres existem. Temos que tirar todos da aeronave. Encontramos uma pessoa viva na aeronave", disse um bombeiro que participa do resgate.

O avião que transportava a delegação da Chapecoense, para Medellín, local do primeiro jogo da decisão da Copa Sul-Americana, desapareceu do radar e sofreu um acidente em Cerro Gordo, nas cercanias da cidade de La Unión na madrugada desta terça-feira. No voo estavam 81 pessoas, incluindo 72 passageiros e nove tripulantes. Ainda não há confirmação oficial do nome das vítimas.
Alguns atletas da Chapecoense não viajaram com a delegação. A lista inclui os seguintes jogadores: Neném, Demerson, Marcelo Boeck, Andrei, Hyoran, Martinuccio, Nivaldo e Rafael Lima. Eles não vinham sendo utilizados pelo treinador Caio Júnior. Entre todo o time, o goleiro Nivaldo é o mais antigo do elenco e está no grupo desde que a equipe estava na Série D.
"Alan Ruschel tem uma fratura de luxação na coluna e do membro superior direito. Estão passando por cirurgia e posteriormente passará por exames mais completos. Rafael tem um trauma de tórax e fratura de perna esquerda. E aguarda os procedimentos. Há mais feridos em uma outra clínica e no hospital São Vicente de Paula", disse uma autoridade do hospital em entrevista transmitida pelo canal SporTV.
A irmã de Alan Ruschel, Amanda, escreveu no Instagram que o estado de saúde do marido é estável. "Graças a Deus o Alan está no hospital, estado estável. Estamos orando por todos que ainda não foram socorridos, e força para todos os familiares. Situação complicada, difícil. Só Deus para dar força mesmo", escreveu.
O prefeito de Chapecó, Luciano Buligon, também não estava no voo. Ele estava na lista como convidado do clube para a viagem à Colômbia. Mais dois integrantes da lista, Rodrigo Ernesto e Pablo Castro, também não estavam na aeronave. Ambos cuidam da logística do time, chegaram antes e estavam no aeroporto para o receptivo. 
O avião tem lugar para 95 pessoas, mas, segundo as autoridades colombianas, tinha 72 passageiros e nove tripulantes no momento do acidente. No total, eram 48 membros da Chapecoense, incluindo 22 jogadores, 21 jornalistas e três convidados, além da tripulação.

Fonte: UOL Notícias




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segunda-feira, 28 de novembro de 2016

EDITANDO DNA CIENTISTAS FAZEM RATO CEGO RECUPERAR A VISÃO
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Wikimedia (Img.WEB)


A corrida de aplicações da técnica Crispr-Cas9, que permite recortar e editar o DNA, está em velocidade tão surpreendente quanto foi sua chegada revolucionária no mundo da ciência. Um estudo nos EUA conseguiu recuperar parcialmente a visão de ratos cegos com a troca de genes defeituosos por genes saudáveis. É inédito o feito sobre células adultas.
Na China, células editadas foram injetadas pela primeira vez em humanos para o tratamento de um paciente com câncer de pulmão. De maneira simplificada, a técnica permite eliminar partes indesejadas do genoma - que causam doenças, por exemplo. E caso necessário, é possível inserir novas sequências no local. Os cientistas fazem com o código genético o mesmo que fazemos com palavras em um editor de textos no computador.
O uso da Crispr-Cas9 é visto como grande esperança para o tratamento de uma série de doenças genéticas, como distrofia muscular, hemofilia e fibrose cística. 
Ratos recuperaram parte da visão
No estudo feito por pesquisadores do Instituto Salk, na Califórnia, ratos adultos tiveram o código genético programado para ter uma forma de cegueira chamada retinite pigmentosa, ou retinose pigmentar. A doença é caracterizada pela existência de genes defeituosos que causam a degeneração da retina e a cegueira.
Esses genes das células da retina, que não podem mais se dividir, foram editados e consertados após o nascimento dos ratos. A não-divisão é uma característica das células que compõem a maioria dos tecidos desenvolvidos --como o cérebro, coração, rins e fígado. 
Peter Ilicciev/Fiocruz Imagens (Img.WEB) 

Ratos com genes defeituosos sofriam degeneração da retina
"Pela primeira vez, pudemos entrar em células que não se dividem e modificar o seu DNA à vontade. As possíveis aplicações desta descoberta são vastas", disse Juan Carlos Izpisua Belmonte, que liderou a pesquisa, em reportagem do Guardian. O estudo foi publicado na revista Nature. Para o cientista, a técnica poderá ser testada em seres humanos em um ou dois anos.
Já pesquisadores da Universidade de Sichuan, na China, realizaram a primeira aplicação da técnica em humanos. Eles coletaram o sangue de um paciente com câncer de pulmão e desativaram um gene das células imunológicas que bloqueia a resposta imune. Ao injetarem as células modificadas, os cientistas pretendem fazer com que o câncer deixe de se proliferar. A pesquisa também foi publicada na Nature.
Com as pesquisas mais recentes, trocar genes defeituosos por funcionais em crianças e adultos tornou-se algo mais próximo.
Recortando e colando
Crispr-Cas9 pode ser entendido como uma "tesoura" que recorta partes precisas do DNA e cola outras combinações de genes, consertando sequências danificadas. A técnica utiliza uma enzima para recortar o DNA e uma guia molecular, que é programada para indicar com precisão a seção que receberá o corte.
Na pesquisa do Instituto Salk, um vírus foi o responsável por levar o kit de ferramentas do Crispr-Cas9 até as células da retina dos ratos cegos. A intervenção foi feita quando os ratos tinham três semanas de vida. A técnica consertou os genes defeituosos que levavam à cegueira.
Para os pesquisadores, o tratamento teria eficácia ainda maior se a "manutenção" fosse feita mais cedo, quando a retina ainda não estava muito danificada. A aplicação em humanos depende, dentre outras coisas, de ganho de eficiência, já que só cerca de 5% das células defeituosas foram corrigidas com sucesso nos ratos.
Peter Ilicciev/Fiocruz Imagens (Img.WEB)
Câncer de pulmão poderá ser combatido por células modificadas
Já no estudo da Universidade de Sichuan, a edição de células foi feita fora do organismo, utilizando-se o sangue coletado. Elas foram cultivadas, multiplicadas e injetadas no paciente com câncer de pulmão. A intervenção faz com que as células deixem de codificar a proteína PD-1, que está ligada ao bloqueio da resposta imunológica. Sem esse bloqueio natural, a esperança é a de que os glóbulos brancos possam atacar o câncer e eliminá-lo.
A equipe de Lu You, que lidera a pesquisa, está monitorando a evolução da doença, ainda sem resultados da eficácia do tratamento. O estudo possui como objetivo principal testar a segurança do uso da técnica do Crispr-Cas9 em humanos. Garantir que o processo não causa danos ao organismo é fundamental para o avanço da tecnologia.


Os bonobos ("Pan paniscus") são considerados os parentes mais próximos na linha evolutiva humana. Pesquisa do Instituto Max Planck da Alemanha, de 2012, descobriu que os macacos têm 98,8% de compatibilidade com o homem - a diferença de 1,2% do genoma só perde na comparação entre os bonobos e os chimpanzés, que compartilham 99,6% do DNAI




Fonte: Do UOL, em São Paulo

28/11/201606h00



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sábado, 26 de novembro de 2016

MORTE DE FIDEL CASTRO
 MORREU AOS 90 ANOS
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(Img.WEB)

O ex-ditador de Cuba Fidel Castro morreu aos 90 anos de idade, informou neste sábado (26) seu irmão, o atual mandatário do país, Raúl Castro, em um discurso transmitido pela televisão estatal.

O líder histórico da Revolução Cubana morreu na noite de sexta-feira (25), às 22h29 (hora local), e seu corpo foi cremado "atendendo sua vontade expressa" na manhã deste sábado, explicou Raúl Castro, visivelmente emocionado. Ele não fez comentários sobre a causa da morte do irmão, ainda desconhecida.
Fidel Castro foi visto pela última vez no último dia 15, quando recebeu em sua residência o presidente do Vietnã, Tran Dai Quang.
Cuba fará luto de nove dias para se despedir de Fidel. As cinzas do líder da Revolução Cubana percorrerão a ilha em uma carreata, antes de chegar ao seu destino final, o maior cemitério de Santiago de Cuba, em 4 de dezembro.
O governo de seu irmão, Raúl, nomeou uma comissão especial para organizar os funerais.
As cinzas ficarão expostas na segunda e na terça-feira próximas no memorial José Martí, na praça da Revolução, em Havana, onde a população poderá prestar sua homenagem, segundo um comunicado oficial.
Na mesma terça-feira, dia 29, às 19h locais (22h de Brasília), Havana despedirá o histórico dirigente com um ato multitudinário na Praça da Revolução, coração político de Cuba, onde Fidel fez muito de seus famosos e quilométricos discursos.
No dia seguinte, começará uma peregrinação com as cinzas de quatro dias, entre 30 de novembro e 3 de dezembro, que percorrerá 13 das 15 províncias da ilha.
Os restos mortais do líder viajarão de estrada no sentido contrário ao da "Caravana da Liberdade", a mesma que levou um Fidel triunfante de Santiago de Cuba até Havana em 1959, quando depôs a ditadura de Fulgencio Batista.

PRESIDENTE DE CUBA ANUNCIA MORTE DE FIDEL CASTRO

90 anos de trajetória

Ao longo de seus 90 anos, Fidel Castro se transformou em indiscutível e controverso protagonista do último século. Em 2011, o líder da Revolução Cubana admitiu que nunca pensou que viveria "tantos anos" e em abril deste ano pareceu se despedir: "Em breve serei como todos os outros. A vez chega para todos".
Fidel tinha 32 anos quando entrou triunfante em Havana. Era 1959, usava barba e uniforme e vinha da derrota de um exército de 80.000 homens contra uma guerrilha que em seu pior momento contou com 12 homens e sete fuzis. Sem passado militar, Fidel Castro expulsou do poder o general e ditador Fulgêncio Batista, na luta que começou com o fracasso da tomada do quartel Moncada, em 1953.
Fidel aplicou uma "doutrina militar própria" e conseguiu "transformar uma guerrilha em um poder paralelo, formado por guerrilheiros, organizações clandestinas e populares", disse Alí Rodríguez, ex-guerrilheiro e atual embaixador venezuelano em Cuba.
O líder cubano derrotou conspirações apoiadas pelos EUA e enviou 386.000 concidadãos para lutar em Angola, Etiópia, Congo, Argélia e Síria. Ao longo de 40 anos (1958-2000) escapou de 634 tentativas de assassinato, escreveu Fabián Escalante, ex-chefe de inteligência cubano, segundo o veículo de informação alternativa Cubadebate.
Ao jornalista Ignacio Ramonet, Fidel confessou que quase sempre carregava uma pistola Browning de 15 tiros. "Oxalá todos morrêssemos de morte natural, não queremos que se adiante nem um segundo a hora da morte", declarou em 1991.

(Foto-Divulgaçao)


'Efeito Fidel'

"Fiquei tão impressionada! Não pude fazer mais que olhar no rosto dele e dizer: te amo". Mercedes González, uma cubana de 59 anos, só viu de perto por duas vezes o líder cubano, mas não resistiu ao "efeito" Fidel.
Seja pelo aspecto rude de guerrilheiro ou seus discursos quilométricos - a maioria espontâneos porque ele gostava do "nascimento das ideias", segundo Salomón Susi, autor do Dicionário de Pensamentos de Fidel Castro -, Fidel fascinava também as massas, as mulheres, os políticos e os artistas.
"Ele projeta uma imagem pública muito atraente", um dom que também "faz parte de sua lenda", diz Susi. Já longe do poder, Fidel publicou reflexões sobre diversos temas. Apesar disso, o grande sedutor mantém a portas fechadas sua vida privada (dois casamentos e sete filhos com três mulheres é a única coisa que se conhece).
"A vida privada, na minha opinião, não deve ser instrumento da publicidade, nem da política", sentenciou em 1992.

Amado e odiado

"É o homem dos 'E's: ególatra, egoísta e egocêntrico". Assim Fidel Castro é definido pela dissidente Martha Beatriz Roque, 71. Quem se opôs, acrescenta, enfrentou uma tripla resposta: "a prisão, os espancamentos e os protestos de repúdio".
Fidel desafiou dez presidentes dos Estados Unidos antes que seu irmão Raúl, que o sucedeu no poder, decidisse restabelecer relações diplomáticas com seu adversário da Guerra Fria no fim de 2014, o que Fidel nunca se opôs que acontecesse.
Fidel Castro governou com mão de ferro, e durante anos (1990 e 2002) a ilha foi condenada internacionalmente pela situação de direitos humanos a pedido da desaparecida Comissão de Direitos Humanos da ONU.
Em 1959, o governo de fidel condenou a 20 anos de prisão o comandante de Sierra Maestra, Huber Matos, por insurreição. Na "primavera negra" de 2003 mandou prender 75 dissidentes, incluindo Martha Beatriz Roque, e nesse mesmo ano foram fuzilados três cubanos que roubaram uma lancha para fugir dos Estados Unidos.
Fidel sempre negou os pedidos internacionais para uma abertura política e considerou os opositores "mercenários". "Eu vou lembrar dele como um ditador", diz Roque.
Reprodução/rol-benzaken

Enquanto proclamava o triunfo da revolução em 1959, várias pombas voaram a seu redor e uma delas pousou docemente em seu ombro. As pessoas entenderam como um sinal sobrenatural. O mito marcou a vida de Fidel.
Em um país onde o cristianismo se mistura aos cultos africanos, os cubanos atribuíram a Fidel a proteção do orixá Obatalá, o deus pai, o mais poderoso. Viam-no como um homem inabalável, que tinha solução para tudo, era considerado quase imortal até adoecer em 2006.
A figura paternal do "comandante", tão respeitada como temida, é onipresente. Era visto tanto no meio de um furacão, quanto ensinando a preparar uma pizza. Se acreditou até que se protegia com um colete à prova de balas. "Tenho um colete moral, é forte. Esse tem me protegido sempre", disse aos jornalistas enquanto mostrava o peito durante uma viagem aos Estados Unidos em 1979.
Fidel dizia não apreciar o culto à personalidade. Não há estátuas, mas sua imagem se multiplica na ilha.

Líder contagiante

Em 2001 Fidel Castro prometeu que traria de volta seus cinco agentes presos pelos Estados Unidos três anos antes. "Quando Fidel disse 'voltarão', disse ao povo cubano: vocês os trarão", disse René González, um dos cinco cubanos libertados por Washington entre 2011 e 2014. González ilustra assim o poder do ex-mandatário de contagiar com suas ideias, por mais incríveis que parecessem.
Mas nem sempre o Quixote caribenho venceu. Após um esforço titânico, não conseguiu, como tinha proposto, produzir 10 milhões de toneladas de açúcar em 1970. Mas conseguiu que Cuba derrotasse o analfabetismo em apenas um ano (1961).
Também se propôs a fazer de Cuba uma "potência médica", quando tinha somente 3.000 médicos no país. Hoje tem cerca de 88.000 especialistas, um para cada 640 habitantes.
Na ilha, proliferaram os "planos Fidel", experimentos sem sucesso para criar búfalos, gansos ou transformar Cuba em produtora de queijos de qualidade, quando ainda tinha um déficit de vacas.
Também não conseguiu que os Estados Unidos devolvessem o território de Guantánamo, cedido há um século, mas conseguiu trazer de volta o menino Elián González, levado clandestinamente em uma embarcação por sua mãe, que morreu na tentativa de chegar a Miami e cuja custódia provocou uma queda de braço entre Havana e Washington.

Prensa Presidencial Venezuela


Dez anos longe do poder

Em julho, Fidel Castro completou 10 anos afastado do poder. No dia 31 de julho de 2006, a emissora oficial cubana de televisão anunciou que o líder da Revolução delegava provisoriamente a chefia de Estado a seu irmão, Raúl Castro, após ter passado por uma complicada cirurgia.
Após dois anos de rumores e especulações nos quais a saúde de Fidel foi um segredo de governo, Raúl foi nomeado formalmente presidente do Conselho de Estado em fevereiro de 2008. Um mês depois de ter chegado ao poder, iniciou as primeiras reformas econômicas.
Foi uma substituição suave e sem traumas que terminou de se consolidar em 2011, com a escolha do menor dos Castro como primeiro-secretário do Partido Comunista. Ao longo dessa década, Cuba deu um giro substancial: sem perder seus ideais revolucionários e estrutura comunista, o país embarcou em uma série de reformas econômicas ambiciosas e se reconciliou com seu histórico inimigo, os Estados Unidos.

Ismael Francisco/www.cubadebate.cu/AFP


Raúl, o artífice da "atualização socialista", empreendeu uma série de ambiciosas reformas - lentas demais, para muitos -, como abertura de setores à iniciativa privada, maiores facilidades ao investimento estrangeiro e o fim de restrições que afetaram os cubanos por décadas, como as viagens ao exterior ou a compra e venda de carros e casas.
Na Cuba de hoje, cerca de 500 mil pessoas são "cuentapropistas", uma nova classe de empreendedores, microempresários e trabalhadores autônomos que mudaram o panorama econômico do país com milhares de pequenos negócios, como restaurantes, cafeterias, hotéis, ginásios e salões de beleza.
A vida do cubano no período experimentou uma importante mudança com a reforma migratória de 2013, que permitiu que milhares de moradores da ilha saíssem do país e, em muitos casos, reconstruíssem famílias até então fragmentadas durante anos pelo exílio.
A possibilidade de adquirir um carro, uma casa, entrar em hotéis que antes só admitiam estrangeiros ou conectar-se à internet - ainda proibido nas casas - também aliviou parte da pressão no dia a dia.
Contudo, devido aos baixos salários e às dificuldades vividas por muitas famílias, as reformas não frearam o êxodo de cubanos, especialmente em direção aos EUA, motivados pelos benefícios migratórios, como ficou em evidência com a crise provocada no ano passado pelos emigrantes cubanos que lotaram a América Central.
Sem deixar sua fidelidade às causas do mundo em desenvolvimento, à esquerda e aos parceiros "bolivarianos", Raúl Castro construiu uma política externa mais pragmática e aberta que o aproximou, entre outros, da União Europeia, bloco com o qual Cuba assinou no ano passado o primeiro acordo de diálogo político e cooperação.
No entanto, não há dúvida que a mudança mais radical na Cuba "raulista" foi o descongelamento das relações diplomáticas com os EUA depois de mais de cinco décadas de tensões e atritos.
No dia 17 de dezembro de 2014, os presidentes Raúl Castro e Barack Obama anunciaram que Cuba e EUA restabeleceriam as relações, um giro diplomático que surpreendeu tanto a comunidade internacional como os próprios cubanos, que receberam a notícia com otimismo e alegria, apesar de um pouco de cautela.
Desde a data fatídica, o povo cubano, que espera com ansiedade o fim do embargo que asfixia a econômica do país, viveu eventos impensáveis quando Fidel deixou o poder: a reabertura da embaixada americana em Havana e uma visita de um presidente do país inimigo à ilha em março, algo que não ocorria há 88 anos.
Atraídos por essa imagem de "ilha proibida", milhares de americanos visitaram Cuba, que em 2015 bateu o recorde de 3,5 milhões de turistas, um "boom" que está fortalecendo a economia com receitas vitais em moeda estrangeira, mas que também evidência a frágil infraestrutura do país.
Também chegaram a Cuba empresários e investidores de todo o mundo para explorar opções de negócios e se adiantar em relação a seus concorrentes americanos diante de um eventual fim do embargo, apesar de a entrada de capital estrangeiro na ilha ainda enfrentar obstáculos.
A "nova" Cuba foi, além disso, palco de eventos impensáveis na época de Fidel, como o histórico show do The Rolling Stones em março de 2016 ou o desfile da marca Chanel em uma avenida central de Havana dois meses depois. (Com agências internacionais)

Fonte: OUL Notícias



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