A GONORREIA PODE FICAR SEM TRATAMENTO NUM FUTURO PRÓXIMO
POR: Jairo Bouer 18/07/2016
(Img. WEB) |
Um relatório divulgado
recentemente mostra que o número de casos de gonorreia resistente a
antibióticos no mundo aumentou mais de 400% entre 2013 e 2014. De acordo com o
Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), que fica nos Estados Unidos,
essa elevação alarmante faz especialistas acreditarem que, em breve, não haverá
mais alternativas para tratar a doença sexualmente transmissível (DST).
A gonorreia é uma das
DSTs mais comuns. A infecção é causada pela bactériaNeisseria gonorrhoeae. No passado,
antes da descoberta da penicilina, era considerada uma verdadeira peste, já que
pode afetar outros órgãos, como garganta, olhos e articulações. Para piorar, os
sintomas iniciais, como secreção purulenta, dores abdominais e ardor ao urinar,
podem não aparecer em muitos pacientes, especialmente mulheres. A infecção pode
evoluir para a doença inflamatória pélvica, que, por sua vez, pode gerar
esterilidade ou até levar à morte. Além disso, a infecção pode ser
transmitida de mãe para filho.
Há muito tempo, a
penicilina e outros antibióticos deixaram de fazer efeito contra aNeisseria. O remédio
mais usado atualmente é a azitromicina, e os novos casos de resistência
demonstram que essa opção também poderá se tornar ineficaz, deixando os
pacientes sem opção, segundo as informações do CDC, noticiadas pelo site Medical Daily.
Nos
Estados Unidos, estima-se que 800 mil pessoas tenham gonorreia a cada ano.
Apesar disso, só metade recebe o diagnóstico, porque certos pacientes não
apresentam sintomas, ou não fazem exames. A melhor maneira de se prevenir é
usar camisinha em todas as relações sexuais, além de procurar o médico sempre
que algum sinal diferente aparece, como corrimentos ou secreções.
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